Tenha um tubarão no tanque

Será que está faltando um tubarão no seu tanque ? O ano letivo terminou. Para alguns o sentimento é de vitória e trabalho bem feito. Já para outros, fica o gostinho amargo do fracasso e da frustração ! Como é que pode ? Por que não deu certo ? O que fiz de errado? O que eu poderia ter ajustado? Onde eu errei?
A verdade é que, mesmo que você faça um excelente trabalho,  seja dedicada e comprometida com o aprendizado dos alunos ainda assim algumas coisas não darão certo, pois enquanto educadores, infelizmente, também temos de lidar com a falta de resiliência dos nossos alunos.
   Muito cedo eu aprendi que precisamos de uma motivação interna para alcançar as coisas que queremos, e que quando perseguimos um objetivo isso nos reveste de uma “ gana” uma força extra que nos impulsiona a caminhar e não parar até que o nosso objetivo seja conquistado, precisamos de um tubarão no nosso tanque!
Creia ou não, as circunstâncias na nossa vida forjam uma têmpera que é necessária ao nosso caminhar, situações de confronto e conflito que nos fazem vergar , porém os jovens não estão sendo educados a serem resilientes, pois quebram a menor brisa, e quando crescem temem as tempestades.
  Antigamente as famílias eram responsáveis em  estimular nos filhos a construção de uma têmpera diferente, atualmente isso já não ocorre mais, e sendo assim os jovens imputam a responsabilidade das suas conquistas nos ombros de outros.
  Recentemente o IBGE divulgou no dia 29 de Novembro um dado muito interessante onde informa que:  “ Um quinto dos jovens no Brasil é nem-nem, pois não estudam e nem trabalham, ou seja,  o número de jovens de 15 a 29 anos que não estudava nem trabalhava chegou a 9,6 milhões no país no ano passado, isto é, uma em cada cinco pessoas da respectiva faixa etária.
Este é um dado muito revelador e demonstra que esse jovem está sendo acostumado a receber tudo pronto, e não concebe e nem apresenta condições de conquistar nada por si mesmo.
Enquanto Educadores o nosso dever não é compactuar com essa situação, facilitando ou relevando dentro da sala de aula,  e sim continuarmos sendo a forja que propiciará um novo perfil de pessoa. E para isso os jovens que chegam até nós precisam ser confrontados com situações desafiadoras, envolvendo o devido grau de realidade.  Ou como eu sempre digo: “ ter um tubarão no tanque nos mantém alertas”.
Você ainda não conhece a  estorinha do tubarão no tanque? Então vou contar !

Tubarão no Tanque:

 Os japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porém, as águas perto do  Japão não produzem muitos peixes há décadas.  Assim, para alimentar a sua população, os japoneses aumentaram o   tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca.
 Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe   chegar. Se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não   era mais fresco. E os japoneses não gostaram do gosto  destes peixes.
Para resolver este problema, as empresas de pesca instalaram   congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os congeladores   permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por   muito mais tempo.
Os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e   peixe congelado e, é claro, eles não gostaram do peixe congelado. Entretanto, o peixe congelado tornou os preços mais baixos.
Então, as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios  pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques, como  ”sardinhas”.
Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavam vivos,  porém cansados e abatidos. Infelizmente, os japoneses ainda podiam notar a diferença do gosto. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os consumidores japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não o  gosto de peixe apático.
Como os japoneses resolveram este problema? Como eles conseguiram  trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor? Você que chegou até aqui, o que recomendaria?
Antes da resposta, leia o que vem abaixo:
Quando as pessoas atingem seus objetivos – tais como: quando  encontram uma namorada maravilhosa, quando começam com sucesso numa nova escola, quando pagam todas as suas dívidas, ou o que quer que seja, elas podem  perder as suas paixões.
Elas podem começar a pensar que não precisam mais trabalhar tanto,  então, relaxam.
Elas passam pelo mesmo problema dos ganhadores de loteria,  que gastam todo seu dinheiro, o mesmo problema de herdeiros, que nunca  crescem, e de donas-de-casa, entediadas, que ficam dependentes de remédios  de tarja preta.
Para esses problemas, inclusive no caso dos peixes dos japoneses, a  solução é bem simples. L. Ron Hubbard observou, no começo dos anos 50:”O homem progride, estranhamente, somente perante a um ambiente  desafiador”. Quanto mais inteligente, persistente e competitivo você é, mais você  gosta de um bom problema. Se seus desafios estão de um tamanho correto e você consegue, passo  a passo, conquistar esses desafios, você fica muito feliz. Você pensa em seus desafios e se sente com mais energia. Você fica excitado e com vontade de tentar novas soluções. Você se diverte. Você fica vivo!
Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca  japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques, nos seus barcos. Mas, eles também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O  tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixes chega “muito vivo”. E  fresco no desembarque. Tudo porque os peixes são desafiados, lá nos tanques.  
Portanto, como norma de vida, ao invés de evitarmos desafios, devemos pular dentro deles. Massacrá-los.  
Se os seus desafios enquanto Professor e Gestor são muito grandes e numerosos, não desista, reorganize-se. Busque mais determinação, mais conhecimento e mais ajuda.  
Precisamos estar alertas, termos um tubarão no nosso tanque, para continuarmos sendo a forja que os nossos alunos precisam, ou  o tubarão no tanque deles.  
Ponha um tubarão no seu tanque e veja quão longe você realmente pode chegar. Seja o tubarão no tanque dos seus alunos e veja o quão longe você poderá guiá-los”.  
Gostou? Curta e Compartilhe dicas de como você pretende ajudar os seus alunos a desenvolverem uma nova têmpera.

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